quarta-feira, 28 de agosto de 2013

LEUCEMIA FELINA - FeLV

O vírus da leucemia felina é um retrovírus com transmissão horizontal. A transmissão ocorre principalmente pela saliva, que contém elevada concentração do vírus. Embora mordidas, lambeduras e cuidados com a pelagem sejam as vias de infecção mais comuns, gatinhos podem ser infectados por via trasnplacentária ou pelos cuidados da mãe infectada. Contudo, o mero contato com o vírus não é garantia de infecção e essa não é certeza de viremia persistente ou de doença. Tão logo tenha sido introduzido no gato, o vírus progride por meio de diversos tecidos. A capacidade do sistema imune em interromper esta progressão determina o desfecho final e influencia os resultados dos diversos testes para antígenos. O vírus é causador de diversas doenças proliferativas (linfoma, leucemia), diversas doenças degenerativas associadas ás propriedades imunossupressoras do vírus (anemias não regenerativas, atrofia do Timo, índrome similar á panleucopenia, natimortos, abortos) e á imunossupressão direta. Os sinais clínicos variam amplamente, dependendo do tipo de doença e dos órgãos envolvidos. Testes diagnósticos detectam o antígeno viral. Os resultados dos testes variam com a forma da doença e órgãos alvo. Exemplificando, mais de 90% dos gatos com linfoma mediastínico anterior são positivos para o vírus, mas esta percentagem cai para menos de 50% dos gatos com linfome do trato digestivo. Considerando a labilidade do vírus no ambiente, a desinfecção da casa é facilmente realizada. Sem tratamento, o vírus desaparece do ambiente domiciliar dentro de 1 semana. Novos gatos introduzidos na casa devem ser testados para detecção do vírus antes da admissão. Recomenda-se vacinação para todos os gatos expostos a gatos de vida livre ou a gatos positivos ao vírus. A exposição promove sólida imunidade em 80 a 90 % dos gatos vacinados, mas a porcentagem fica menor quando os gatos são continuamente expostos a outros gatos infectados.
SINAIS CLÍNICOS:
variam amplamente, mas consistem frequentemente em dispnéia, letargia, anorexia, febre, gengivite, estomatite e abscessos que não curam.
EXAME FÍSICO:
derrame pleural, mucosas pálidas, anormalidades intra oculares, massas intra abdominais palpáveis e organomegalia.
HEMOGRAMA E PERFIL BIOQUÍMICO
TESTES PARA ANTÍGENO DE FeLV
TRATAMENTO:
-Quimioterapia
-Transfusão de sangue
-interferon oral
-prednisolona
PROGNÓSTICO:
Gatos infectados mas que não demonstram sinais clínicos podem permanecer assintomáticos por muitos anos. Podem ser sadios, mas são contagiosos para outros gatos. Gatos com qualquer doença relacionada á FeLV tem prognóstico reservado. Se forem medicados intensamente com quimioterapia, gatos com doenças proliferativas tem período médio de sobrevida de 6 mêses, embora alguns sobrevivam por muito mais tempo.

SÍNDROME DE HORNER EM FELINOS

Síndrome de Horner é um distúrbio que resulta da perda da inervação simpática para os olhos e órgãos anexos. A inervação simpática é responsável pela manutençao do tônus da musculatura periorbital e palpebral, inclusive membrana nictitante. Também é importante para contrabalaçar a dilatação das pupilas (por meio dos músculos dilatadores da íris)  diante do efeito parassimpático de constrição (via músculos constriores da íris). Uma lesão situada em qualquer ponto ao longo da via simpática pode causr síndrome de Horner. Lesões pré-ganglionares envolvem a via que se inicia no tronco cerebral, prossegue pela medula espinal até o nível da segunda vértebra torácica, ao longo das raízes nervosas T1 a T3 e até o tronco vagossimpático em sua terminação no gânglio cervical craniano. As lesões  pós-ganglionares situam-se ao longo do trajeto do gânglio cervical craniano, avançam por meio do ouvido médio e terminam no olho. Na maioria dos gatos não se pode determinar a causa da síndrome de Horner (idiopática). Quando é conhecida a etiologia, a causa mais comum é traumatismo á via neurológica. Essas lesões podem ser ferimentos por mordida, cirurgia cervical ou otológica e avulsão do plexo cervical ou braquial. Outras causas possíveis são otite média, pólipos nasofaríngeos e neoplasia torácica cranial. Os sinais de síndrome de Horner são miose, enoftalmia,, prolapso da terceira pálpebra e ptose. Em alguns casos, nem todos os sinais estão presentes; na ausência de outros sinais, miose é o achado mais frequente. As deficiências visuais não fazem parte da síndrome de Horner. A avaliação da síndrome de Horner tem início com história e exame físico completos, com especial atenção para a identificação de traumatismo recente, exame do canal auditivo e avaliação para qualquer deficiência neurológica que possa ajudar na localização da lesão.
DIAGNÓSTICO:
-Sinais clínicos
-RX
-testes oculares
TRATAMENTO:
-Tratar a doença subjacente
-Uso tópico de Fenilefrina a 10%
Obs- normalmente a síndrome de Horner se cura espontaneamente dentro de 4 a 6 mêses, a menos quando é secundária a algum distúrbio subjacente.