quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
TUMORES MAMÁRIOS EM GATAS
Os tumores mamários são menos freqüentes na gata do que na cadela (25,4 para 100.000 gatas).
A idade média de aparecimento dessa afecção é mais elevada do que na cadela, cerca de 11 anos; quando um tumor mamário aparece antes de 6 anos, trata-se quase sempre de um tumor benigno. A castração precoce atenua o risco tumoral.
A influência da raça, da família ou da atividade genital não foi evidenciada.
Diversos casos foram assinalados nos machos, principalmente nos castrados. Características anatomopatológicas: Os tumores mamários são vistos em todas as mamas, mas M1 parece ser a mais atingida (60% dos casos). Os tumores múltiplos não são raros, como também as ulcerações e as formas em “placard”.
Mais de 90% dos tumores são malignos; trata-se essencialmente de epiteliomas glandular e trabecular; os tumores mistos malignos não foram assinalados.
A fibroadenomatose generalizada se desenvolve nas gatas jovens e atinge quase todas as mamas. Diversos casos foram observados durante a gestação ou nas gatas que receberam várias injeções de progestágenos, com a finalidade de evitar as manifestações estrais. Trata-se, portanto, de uma lesão hormoniodependente.
A mastose evolui sobretudo nas gatas idosas (mais de 5 anos) e se traduz pela evolução, sobre uma ou várias mamas, de quistos subcutâneos da parede fina, de coloração rósea ou mais freqüente, azulada (lesão em ápice azulado), contendo um líquido claro.
Os tumores mamários malignos evoluem quase sempre em menos de um ano para a generalização e as recidivas locais são freqüentes após a exérese cirúrgica.
As metástases são tão freqüentes não só nos pulmões (80%), como também nos gânglios loco-regionais (80%):
-para M1 e M2 nos gânglios axilar e axilar acessório;
-para M3 e M4 no gânglio inguinal superficial.
Secundariamente, outros órgãos podem ser atingidos (pleura, fígado, rins, outros gânglios). As metástases pulmonares miliares não são raras na gata. Portanto, o prognóstico é sempre grave.
Nas gatas jovens, os tumores são sobretudo benignos.
ENDODONTIA E RESTAURAÇÕES NO GATO
A endodontia é a remoção parcial ou completa da polpa dental, órgão que atua como fonte nutricional e componente de percepção sensorial da estrutura íntima do dente. As indicações para o tratamento endodontico são as fraturas, a pulpite e a necrose pulpar. È importante evitar ao máximo a exodontia (extração) de dentes problemáticos, uma vez que preservar a dentição mantém a integridade do aparelho mastigatório, além de que a exodontia causa reabsorção e remodelação do suporte ósseo. Nos casos de trauma recentes, onde a polpa continua viva, pode-se proceder somente a restauração, porém nos casos onde ocorre morte e consequente necrose pulpar, deve-se proceder o tratamento endodôntico. Os danos causados por trauma promovem a deterioração ou perda da estrutura de sustentação do osso alveolar e consequente morte da polpa. As alterações provocadas pelo trauma pulpar causam vasodilatação e posteriormente vasoconstricção levando a um bloqueio do aporte nutricional e consequente necrose pulpar. O processo necrótico é geralmente irreversível e requer a remoção do tecido necrosado e infectado.
O diagnóstico deve ter início com o exame físico da cavidade oral através de inspeção visual, seguido de estudo radiográfico. A evidência radiográfica de envolvimento endodôntico é a presença de área de radioluscência (reabsorção óssea) no ápice da raiz ou na região periapical. Em função da densidade óssea, este sinal costuma ser percebido adequadamente apenas 4-6 semanas após o advento do trauma ou da infecção.
PROTOCOLO TERAPÊUTICO DA ENDODONTIA
1) acesso á câmara pulpar e ao canal radicular, com broca.
2) Odontometria (verificar extensão do canal).
3) Isolamento do campo operatório.
4) Extirpação do tecido pulpar necrosado.
5) Desinfecção do canal radicular.
6) Limagem- para limpeza das paredes do canal radicular.
7) Desinfecção do canal e da câmara pulpar..
8) Secagem.
9) Obturação (obliteração) do canal radicular.
10) Restauração com amálgama (liga de limalha metálica + mercúrio), compósitos (resina fotopolimerizavel), ou cimento de ionômero de vidro.
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