terça-feira, 22 de outubro de 2013

CATARATA EM FELINOS

Os olhos são também chamados de "a janela da alma",  mas frequentemente para os proprietários de gatos e seus veterinários os olhos dos gatos são também a janela para o gato todo! Isto significa que invariavelmente as doenças oculares em felinos não são primárias e sim secundárias á doenças sistêmicas.
Muitos processos oculares em gatos são secundários á doenças do trato respiratório inferior, como por exemplo aqueles causados por herpes virus HPV-1, clamydia
A maioria das cataratas em felinos é secundária, e em contraste com o cão, cataratas primárias  e hereditárias são raras no gato. Até hoje, todas as cataratas relatadas como sendo hereditárias eram apresentadas de forma congênita. Cataratas secundárias podem ser divididas naquelas associadas a trauma, luxação da lente, uveíte anterior ou glaucoma. Cataratas traumáticas são relativamente comuns no gato e frequentemente são sequelas de lesão ocular perfurante, particularmente de garras de gatos. Cataratas traumáticas tendem a ser unilaterais e primariamente na região do trauma. Elas frequentemente estão associadas com sinéquias posteriores também. Cataratas traumáticas geralmente são lentamente progressivas.. Quando a ruptura da cápsula da lente é suficientemente grande, proteínas da lente podem escapar, desse modo causando uveíte grave. Cataratas também frequentemente ocorrem como sequela de luxação da lente no gato e aparecem como opacidades corticais, subcapsulares difusas. A causa mais comum de catarata secundária felina é a inflamção do segmento anterior (especialmente os tipos crônicos) e elas estão associadas a sinéquia posterior, rubeosis irides, membranas inflamatórias pupilares e perirídica, e progreção lenta.
Quatro tipos de cataratas metabólicas / tóxicas tem sido relatadas no gato:
1. Aquelas que consistem de opacidade da lente anterior e posterior difusas, bem como vacuolização das suturas e, "Y" posteriores em gatinhos alimentados com sucedâneos lácteos disponíveis comercialmente;
2. Cataratas diabéticas, que são incomuns e aparecem como vacúolos no equador da lente;
3. Aquelas relacionadas com hiperparatireoidismo nutricional secundário e hipocalcemia, que aparecem como opacidades subcapsulares posteriores axiais;
4. Aquelas resultantes do tratamento tópico prolongado com dexametasona 0,1%, que aparecem como opacidades subcapsulares, presumivelmente posteriores.
O tratamento da catarata é efetivamente cirúrgico por técnica de facoemulsificação com implante de lente artificial.