Eutanásia é a prática pela qual se abrevia a vida de um animal enfermo incurável de maneira controlada e assistida por um especialista. Ao longo dos meus quase 20 anos de clínica, já passei muitas vezes por situações de animais com doenças incuráveis e progressivas que culminavam em grande sofrimento tanto para o animal quanto para o proprietário. E em quase todas as vezes os proprietários me perguntavam quando seria a hora de abreviar este sofrimento nos casos de um processo incurável. Esta é uma decisão difícil e dolorosa a se tomar em se tratando de um ser que muitas vezes fez parte da família por muito anos. Este é um tema controverso, pois existem aqueles que são radicalmente contra o procedimento alegando que não nos cabe o direito de encerrar uma vida, e existem outros que não acham justo ou certo prolongar o sofrimento de um animal que está muitas vezes agonizando sem nenhuma esperança de sobrevida devido á uma doença em fase terminal. Não cabe a mim julgar qual o certo e qual o errado, mas apenas debater sobre o assunto e explicar como o processo ocorre. Oque deve ser considerado neste momento, é o estado físico em que o animal se encontra, se ele está em sofrimento, se é possível reverter o quadro de alguma maneira e se o animal está tendo uma condição digna de vida. É importante salientar que o procedimento em sí, não gera qualquer sofrimento para o animal, pelo contrário a eutanásia é considerada um procedimento humanitário sendo o animal anestesiado e depois medicado para que o coração pare de bater. É importante salientar que esta é uma decisão que deve ser tomada pelo proprietário do animal, e tanto aqueles que são contra quanto aqueles que são á favor devem ser respeitados em seus pontos de vista. Cabe ao veterinário apenas orientar e apoiar neste momento delicado, e caso esta seja a decisão tomada, proceder da maneira mais correta e ética para o animal.
