sábado, 28 de agosto de 2010

LIPIDOSE HEPÁTICA

A lipidose hepática é um distúrbio de gatos caracterizado por extenso acúmulo de triglicerídeos nos hepatócitos, colestase intra-hepática grave e insuficiência hepática progressiva. A causa e a fisiopatologia subjacentes permanecem pouco conhecidas. Ainda que a lipidose hepática possa ocorrer secundariamente a outras afecções (como diabetes melito, hipertoreoidismo, neoplasias e pancreatite) e se associe quase sempre com anorexia ou desnutrição em gatos obesos, a afecção é, em geral idiopática. A fisiopatologia permanece pouco conhecida, mas a anorexia e seus efeitos nos metabolismos proteico e lipídico parecem exercer papel importante . Os mecanismos propstos incluem uma associação de fatores como anorexia crônica, obesidade e estresse. A maioria dos gatos afetados é adulta e não há predisposição sexual ou racial. Os gatos afetados são comumente obesos e sofreram há pouco evento estressante, em decorrência do qual se tornaram anoréxicos e perderam peso rapidamente. Os sinais clínicos incluem redução de apetite, perda de peso significativa (com frequencia acima de 25%, oque pode ser obscurecido pela obesidade continuada), depressão, vômito e icterícia. Hepatomegalia leve é achado comum. Nos estágios posteriores, podem-se encontrar sinais de encefalopatia hepática ou disturbios de coagulação. Uma vez fechado o diagnóstico de LH, o aspécto mais importante do tratamento é um suporte nutricional imediato e completo. Desequilíbrios hídricos e eletrolíticos devem ser corrigidos com fluidoterapia e terapêutica eletrolítica intravenosas. È importante corrigir as anormalidades séricas de potássioe fósforo, que não corrigidos podem levar á anemia hemolítica. Em seguida deve-se proporcionar suporte nutricional por meio de sonda nasoesofágica, esofágica ou gastrostomia. Deve-se utilizar um produto rico em proteínas e denso em calorias sendo ministrado de forma gradativa até que o gato possa voltar a se alimentar sozinho. O uso de antieméticos é auxiliar nestes casos. O prognóstico permanece reservado, porém com diagnóstico precoce e tratamento agressivo, a maior parte dos gatos sobrevive sem sequelas, porém aconselha-se a não deixar o animal voltar a ficar obeso.

CORREÇÃO DE FRATURAS DIAFISÁRIAS FEMORAIS






























As fraturas femorais e de pelve em felinos geralmente são causadas por traumas principalmente acidentes automobilisticos, traumas contusos ou mesmo projétil balístico. Em alguns casos, um paciente se apresentará com fratura femoral aguda sem traumatismo ou história evidente de trauma, nestes pacientes, as fraturas podem ser secundárias a uma patologia óssea preexistente. Tumores ósseos primários ou metastáticos são a causa mais comum de fraturas patológicas. Quando se encontra presente uma doença preexistente, radiografias tiradas no momento da lesão mostram lise cortical e nova formação óssea na área fraturada.
A diáfise femoral (corpo) é a porção média do osso que se curva craniocaudalmente e se situa entre as extremidades articulares. Um pino intramedular colocado no interior do fêmur de maneira normógrada é inserido á partir da fossa trocantérica, através da linha da fratura , e fixado nos côndilos femorais. Um pino IM colocado no fêmur de maneira retrógrada é inserido na linha de fratura, direcionado proximalmente para sair na fossa trocantérica, e depois (após a redução da fratura) direcionado através da fratura e dentro do fragmento distal.
O uso de pino IM proporciona resistência excelente a encurvamento, mas não resiste a forças rotacionais ou carregamento axial. Deve-se usar implantes adicionais para proporcionar suporte mecânico apropriado para a maior parte das fraturas. Pode-se utilizar a combinação de pino IM com fixação esquelética externa que é a aplicação de um número adequado de pinos de transfixação além do pino IM. O numero e o tipo desses pinos variam com a rigidez desejada e o período de tempo em que o fixador deve permanecer em posição. O resultado se mostra bastante satisfatório, com uma boa cicatrização girando em torno de 60 dias.