sexta-feira, 22 de agosto de 2014

DIABETES EM FELINOS



 Diabetes melito (DM), o segundo distúrbio endócrino mais comum em gatos, é decorrente da destruição progressiva das células Beta-pancreáticas. Comumente, a ocorrência de DM é atribuída á deposição de um polipeptídeo de amilóide nas ilhotas; trata-se de uma proteína que polimeriza com amilóide. O resultado é a diminuição da capacidade das células Beta em detectar os níveis de glicose no sangue e responder com a apropriada liberação de insulina. O DM secundário é decorrente de distúrbio subjacente (obesidade, doença de cushing, acromegalia, administração prolongada de antinflamatórios esteroidais) que causa resistência á insulina. O DM também pode ser causado por pancreatite crônica, doença provavelmente mais comum do que se imagina. Como seu nome implica, DM dependente de insulina depende de injeções de insulina para seu controle. Já o diabetes melito não dependente de insulina pode ser controlado com hipoglicemiantes orais ou injeções. Os sinais clínicos clássicos são poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso. Estes sinais surgem devido á hiperglicemia persistente. Quando o diabetes melito não está compensado o gato apresenta-se com estado patológico mais complicado: cetoacidose diabética. Em casos assim, ocorrem cetonúria, acidose e diversos desequilíbrios eletrolíticos. É imperativo que se identifique a cetoacidose, pois trata-se de uma emergência clínica.
SINAIS CLÍNICOS:
Poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso
Hiperglicemia e glicosúria persistentes
Cetonúria
Frutosamina aumentada (prova diagnóstica)
Presença de pancreatite ou tríade felina também podem desencadear diabetes melito
É uma doença de animais mais velhos
Obesidade predispõe
EXAMES:
- Glicemia sérica
- Frutosamina
-exame de urina
TRATAMENTO:
- Orientação ao proprietário sobre o comprometimento durante o tratamento
-Insulina- existem vários produtos disponíveis de uso humano e uso veterinário administrados á cada 12 horas
-Curva glicêmica- feita para ajustar a dose da insulina
-Dieta para diabéticos- rações terapêuticas específicas com baixo teor calórico e ricas em fibras
-Dietas ricas em proteína e gordura e pobres em carboidratos
-Antibióticos- em alguns casos ocorrem infecções oportunistas e faz-se necessário
-Hipoglicemiantes orais
CONCLUSÃO:
É importante salientar que diabetes é uma doença geralmente relacionada á gatos idosos e obesos, salvo quando há doenças desencadeantes como por exemplo pancreatite, outra observação importante é o fato de gatos apresentarem hiperglicemia por estresse e até mesmo por coleta de sangue podendo desencadear um diagnóstico errôneo, e neste caso sempre dosar frutosamina e ver presença ou ausência de glicosúria.
O prognóstico nos casos não complicados é bom desde que o proprietário esteja disposto a se comprometer no tratamento, deve-se fazer um controle periódico da glicemia para eventuais ajustes na dose de insulina.