terça-feira, 12 de julho de 2011

NEOPLASIA ORAL EM FELINOS







As neoplasias orais compreendem 3% de todos os tumores felinos. dentre elas, 70% são carcinomas de células escamosas, 20% são fibrossarcomas e 10% são tumores diversos (linfoma, adenocarcinoma, osteossarcoma, hemangiossarcoma, melanoma maligno, tumores dentários e epúlide). Os tumores tipicamente se originam da mandíbula, maxilar, lingua, gengivas e tonsilas e menos comum, dos lábios, pálato e faringe. Os tumores são mais frequentes em gatos idosos (média de 10 a 12 anos) e não existe predileção racial ou sexual. Os tumores orais tendem a ser localmente invasivos com potencial metastático baixo ou médio dependendo da origem, embora alguns tumores raros apresentem alto poder metastático (melanoma maligno, adenocarcinoma). Os gatos com neoplasia oral geralmente são apresentados com halitose, hemorragia oral, presença de uma massa oral, deformidade facial, ptialismo, perda de peso, disfagia e/ou anorexia. Nem sempre o exame físico revela uma massa oral, os dentes moles sem alterações gengivais ou dentárias significativas  devem alertar o clínico para a possibilidade de um tumor oral e, embora  a metástase seja incomum, ocasionalmente se observa linfadenopatia regional. Os diagnósticos diferenciais para a neoplasia oral incluem o complexo granuloma eosinofílico, o complexo  gengivite/estomatite/faringite felinas doença periodontal, abscesso de raíz dentária, lesões reabsortivas odontoclásticas os pólipos nasofaríngeos e a tonsilite. O diagnóstico é feito através de exame físico, exames de imagem (RX) e biópsia incisional e histopatológica. O tratamento preconizado inclui cirurgia agressiva com margens amplas incluindo em alguns casos mandibulectomia ou maxilectomia parcial, sendo que nestes casos é indicado o uso de sonda para alimentação no período pós cirúrgico.  Além disto indica-se a  radioterapia e em alguns casos quimioterapia.
O prognóstico em geral é reservado com sobrevida estimada de 2 a 6 mêses .