quarta-feira, 7 de outubro de 2009

COMPLEXO GENGIVITE-ESTOMATITE-LINFOCÍTICA PLASMOCITÁRIA FELINA

O complexo gengivite-estomatite linfocítica plasmocitária felina é uma síndrome que resulta em inflamação grave e crônica e ulceração de gengiva, mucosa alveolar, palato mole, lábios, língua, faringe e orofaringe. Adicionalmente, alguns pacientes apresentam alterações proliferativas de tecidos moles da gengiva, faces laterais da base da língua e faringe e orofaringe. A reabsorção dentária felina é também encontrada em alguns casos devido á reabsorção inflamatória primária dos dentes ser estimulada. As observações clínicas e as respostas á terapêutica indicam que existam múltiplas formas da doença e possivelmente diferentes etiologias para cada uma. Existem dois tipos principais, cada um apresentando aproximadamente 3 subformas, com base na apresentação clínica e resposta ao tratamento. Apesar de uma única etiologia não ter sido ainda determinada, é provável que a condição seja uma doença multifatorial refratária com um componente imunomediado. Mesmo com uma correlação com numerosos agentes bacterianos e virais, nenhum foi identificado como dominante comum para a doença, apesar de observar-se uma relação entre animais portadores crônicos de calicivirose e FIV. A doença periodontal também parece contribuir para o aparecimento da doença.
Os sinais clínicos mais frequentemente reportados incluem halitose, ptialismo, disfagia, inapetência, perda de peso, desidratação, uso de vários antibióticos sem melhora clínica. O quadro de inflamação da cavidade oral é crônico e severo, e pode ser ulcerativo ou proliferativo, caracterizado por infiltrado linfoplasmocitário, onde observa-se edema , eritema, hemorragia, ulceração e hiperplasia da gengiva, mucosa alveolar, jugal lingual e do arco glossopalatino. O tratamento pode inicialmente basear-se na exodontia dos dentes com retração gengival, mobilidade, bolsa e exposição da furca. Nesse momento pode-se lançar mão de antibioticos e antinflamatórios não esteróides, e caso nao seja possível controlar a lesão, é indicada a exondontia múltipla.