Dra MELISSA ORR CRMV-SP 8412 Clínica médica e cirúrgica de felinos domésticos CMV- Centro mèdico Veterinário Campinas dramelissa.orr@gmail.com
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
SÍNDROME VESTIBULAR IDIOPÁTICA FELINA
Este é um distúrbio comum com etiologia desconhecida. Resulta da disfunção dos receptores vestibulares periféricos no ouvido interno ou nervo vestibulococlear (nervo craniano VIII). Essa síndrome acomente gatos adultos de qualquer idade sendo que a média é de 4 anos. Não há predileção por sexo ou raça. A doença pode ser mais prevalente no verão ou outono. Os sinais clínicos são início agudo ou peragudo de rolamento, quedas, ataxia, ambulação em círculos fechados e/ou inclinação de cabeça. Frequentemente os gatos assumem uma posição agachada ou se inclinam para um dos lados, relutando em se mover. Os sinais clínicos são sempre para o lado da lesão. Outros sinais concomitantes menos comuns são vômitos, anorexia e vocalização. Os sinais clínicos não progridem. O exame físico revela nistagmo horizontal ou rotatório com fase rápida em afastamento da lesão e, além do que foi descrito, nenhuma outra anormalidade física ou neurológica. A propriocepção consciente está normal, mas este aspécto pode ser difícil de avaliar se o paciente estiver se debatendo ou se mostrar desorientado. Raramente ocorre doença bilateral. Esses gatos são apresentados com postura acabanada e amplas excursões da cabeça, sem nistagmus ou inclinação cefálica e podem cair para qualquer dos lados; muitos são surdos. Os diagnósticos diferenciais a serem considerados para sinais vestibulares periféricos são otite interna, pólipos nasofaríngeos, neoplasia do nervo craniano VIII ou ouvido interno, traumatismo, toxicidade (aminoglicosídeos, furosemida), e distúrbios vasculares (cardiopatia, encefalopatia isquêmica, vasculite, coagulopatia). O diagnóstico é feito com base nos sinais clínicos , ausência de progressão, melhora rápida e exclusão de outros diagnósticos. No início do processo quando os sinais clínicos são mais drásticos, pode-se sedar o animal com diazepan. Não é recomendada a utilização de glicocorticóides. O prognóstico para recuperação completa é excelente. Comumente a recuperação ocorre em2 a 3 semanas, embora em casos raros o gato possa necessitar de vários mêses para sua recuperação. Quase sempre a inclinação de cabeça é o último problema a desaparecer e alguns gatos terminam ficando indefinidamente com inclinação residual leve a moderada da cabeça. É rara a ocorrência de recidiva.
Cara drª Melissa, tenho sob meus cuidados muitos gatinhos adotados das ruas. Um deles ano passado, com 5 meses na época, teve uma convulsão, talvez proveniente da rinotraqueíte. Durou 4 dias, ele sem coordenação motora, os olhinhos se movendo da direita para a esquerda e vice versa, sem parar. Aos poucos, e com a medicação sendo dada, ele voltou ao normal. Hj é adulto, muito forte, nunca mais teve nenhum outro problema. Mas... ficou com uma sequela, o pescoço ficou meio tortinho para um lado. Ele anda, corre, arruma briga, arruma amizade, mas sempre que anda o pescoço é mais virado para um lado. Isso que ele teve teria a ver com essa síndrome? Ou foi mesmo o que na época foi diagnosticado pela vet: convulsão decorrente de febre muito alta e rinotraqueíte? Obrigada... adorei seu blog. Visite meus gatinhos quando puder: http://gatosinhos.blogspot.com
ResponderExcluirVocê pode pro favor me ajudar? um olho do meu gatinho estar com a popila dilatada e a outra não eu estou muito preoculpado, pois fis algumas pesquisa e me diceram que era cancer. por favor me ajude meu email é jomjom321@hotmail.com muito obrigado.
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